O problema
Um amigo, a quem envio com frequência ficheiros diversos, fez-me saber que “os pdf”, abre-os todos; mas não consegue abrir outros. Outros, concluí eu, são “os ficheiros .rar”. Esta é uma queixa comum, entre os utilizadores da informática menos informados (sobre esta área): não consigo abrir este ficheiro…. Na maior parte dos casos, a razão é a mesma: falta um programa (uma aplicação) para o abrir. Qual é o programa que falta? para responder a esta pergunta, a extensão do nome do ficheiro ajuda muito.
Vamos desembrulhar mais isto… começando por analisar…
…os nomes dos ficheiros
Num computador, a informação guarda-se nos arquivos ou ficheiros (que se organizam em/dentro de pastas/diretórios). Ficheiros e pastas guardam-se em discos ou unidades de armazenamento removíveis (CD, DVD, pen, etc….).
Neste sistema de arquivo, todo o ficheiro tem um nome. A estrutura desse nome varia com o sistema operativo, mas o mais comum é esse nome ser composto por duas partes: o nome propriamente dito e a extensão (é assim, designadamente, no sistema operativo Windows e, agora, também em Linux). Essas duas partes são separadas por um ponto. Alguns exemplos de nomes de ficheiros: carta.doc; foto.jpg; contas.xls; livro.pdf (apenas quatro exemplos de extensões, entre muitas outras possíveis).
A extensão de um ficheiro é muito importante para resolver o problema que colocámos no início. Porquê? O nome propriamente dito do ficheiro é escolhido pelo utilizador de modo a indicar o conteúdo do arquivo; por exemplo, quando escrevo um teste de filosofia no Word, posso dar-lhe o nome que quiser, mas é mais lógico optar por teste-de-filosofia do que por carta-de-amor. A extensão é um conjunto de 3 ou 4 letras que indicam o tipo de arquivo — e, na maioria dos casos, o próprio programa se encarrega de o acrescentar. Assim, com o “acrescento” automático do Word, o nome do ficheiro que tem o teste de filosofia ficará teste-de-filosofia.doc (ou, em versões mais recentes do Word, teste-de-filosofia.docx).
Portanto, quando tenho um ficheiro de nome carta.doc, isto significa, em princípio, que se trata de um ficheiro de texto criado com o Word ou com um programa equivalente. Para abrir esse ficheiro, é necessário ter esse programa (o Word ou um equivalente: por exemplo, o Writer do LibreOffice, uma “suite” com ferramentas do mesmo género do Office da Microsoft, mas grátis).
Uma nota (desnecessária?): para que esse programa possa abrir o ficheiro, não basta que a extensão seja essa; é preciso ainda que tenha, “interiormente”, a estrutura adequada. Explicando-me com um exemplo: se eu tiver um ficheiro com uma imagem, cujo nome deveria ser imagem.jpg, mas lhe der o nome imagem.doc, o Word não o abrirá (ou não o abrirá em condições).
A extensão do nome dos ficheiros
Resumindo: as extensões dos ficheiros “têm um significado”: indicam o tipo de ficheiro. Há imensas extensões, de que são exemplo estas:
- de imagens digitais: jpg, jpeg, bmp, png, gif, raw…
- aplicações para escritório (processadores de texto, folhas de cálculo, apresentações de diapositivos…): xls, ppt, pps, doc, docx, odt…
- texto simples: txt…
- programas (executáveis): exe, com, bat…
- ficheiros comprimidos: zip, rar, tar.gz…
- vídeo digital: avi, mpg, divx…
- áudio digital: mp3, ogg, wav …
- ficheiros da web: htm, html, aspx, jsp, php…
Estes, repito, são apenas alguns exemplos que estão muito longe de esgotar uma lista completa (possível?). Há sítios onde se podem consultar listas mais extensas; por exemplo, aqui.
Os ficheiros comprimidos
Voltando ao início… o problema do meu amigo resume-se a isto: ele conseguia abrir os ficheiros com extensão (e formato) .pdf — ficheiros com Formato Portátil de Documento (Portable Document Format), um formato criado pela empresa Adobe), porque tinha um programa para os abrir (o Adobe Reader da Acrobat ou outro equivalente, como o Foxit); não abria os ficheiros .rar, porque não tinha programa para isso.
Como se vê na lista anterior, os ficheiros com extensão. rar (ou .zip…) são ficheiros comprimidos; digamos que um ficheiro comprimido é um ficheiro com ficheiro(s) lá dentro. Um ficheiro comprimido obtém-se tratando ficheiro(s) e/ou pastas com um programa específico para comprimir, juntando-o(s) num único ficheiro que ocupe menos espaço, sem no entanto perder a informação original.
Vamos supor que tenho os ficheiros exemplo1.pdf e exemplo2.jpg; usando (por exemplo) o programa KGB Archiver, posso juntá-los num único (seja com o nome comprimido.rar), sendo que, em princípio, este ficheiro tem um tamanho inferior ao da soma dos dois anteriores (esse tamanho está dependente de vários factores, que não enuncio neste momento).
O utilizador a quem enviar o ficheiro comprimido.rar, utilizando o KGB Archiver ou outro equivalente, deve extrair os ficheiros contidos nele, antes de os poder abrir.
7-Zip
7-Zip é o meu programa preferido para comprimir e descomprimir ficheiros. Não é este o momento para revelar as razões dessa preferência, mas aqui estão algumas referidas. O programa é grátis e descarrega-se daqui.
É de muito fácil utilização; mas, se necessário, encontram-se na Web vários “tutoriais”; por exemplo, este (num inglês fácil de entender).
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