Há “coisas” que circulam pela net (correio eletrónico incluído) com a astronómica velocidade… da net. E aceitam-se, por repetidas, à velocidade da sua transmissão. Apresento a seguir um exemplo: uma analogia, com a qual se pretende demonstrar que… (o que é que se pretende demonstrar?). A analogia será válida? ou haverá alguma falha/falácia?
Transcrevo:
Imaginem que um casal chega a um hotel da vossa terra e pergunta quanto custa um quarto para o fim-de-semana.
O recepcionista responde: — 100 euros pelos 2 dias.
— Muito bem, responde o cavalheiro. Mas gostaríamos de conhecer as vossas instalações antes de reservarmos. O quarto, a piscina, o restaurante…
– Não há problema, responde o recepcionista. Os Srs. deixam uma caução de 100 euros, levam a chave e podem visitar as nossas instalações à vontade. Se não gostarem, nós devolvemos o dinheiro.
– Combinado, disse o casal.
Deixaram os 100 euros e foram visitar o hotel.
Acontece que:
O recepcionista devia 100 euros à mercearia do lado e foi a correr pagar a dívida.
O merceeiro devia 100 euros na sapataria e foi a correr pagar a dívida.
O sapateiro devia 100 euros no talho e foi a correr pagar a dívida.
O talhante devia 100 euros à agência de viagens e foi a correr pagar a dívida.
O dono da agência devia 100 euros ao hotel e foi a correr pagar a dívida.Nisto, o casal completou a visita e informou que afinal não ia ficar no hotel.
– Não há problema. Tal como lhe disse, aqui tem o seu dinheiro, devolveu o recepcionista.
Conclusão:
Toda a gente pagou a quem devia… sem dinheiro nenhum. O casal levou os 100 euros que pagaram todas as 5 dívidas no valor total de 500 euros.
Ponham aqui os olhos e percebam que todo o sistema financeiro pode ser uma fraude. Zero euros pagaram 500 em dívida. E podíamos continuar indefinidamente.
Como disse Milton Friedman:
” Não perguntem onde está o dinheiro, porque ele não está em lado nenhum…! “