A poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu, no Porto, a 6 de Novembro de 1919 e faleceu a 2 de Julho de 2004.
Recordamo-la, numa belíssima “definição” do tempo…
TEMPO
Tempo
Tempo sem amor e sem demora
Que de mim me despe pelos caminhos fora
…e em meia dúzia de versos sobre outro tema (qual?)
Não procures verdade no que sabes
Nem destino procures nos teus gestos
Tudo quanto acontece é solitário
Fora de saber fora das leis
Dentro de um ritmo cego inumerável
Onde nunca foi dito nenhum nome
Duas provas de que a filosofia habita os poemas.
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- Primavera e poesia: um texto onde se recordam poemas, cantados, da poetisa.
- Entrevista (a 13 de Maio de 1980), orientada por Mª Conceição Ferreira Machado Vaz, no programa A Face e o Perfil, na rádio pública.
- O fenómeno poético segundo a poesia de Sophia: depoimento de Gastão Cruz — não pode haver poesia mais poética que a de Sophia.
- Veja ainda referências no texto Lobo Antunes e a poesia portuguesa.