A 8 de Outubro de 1551, nasceu Giulio Caccini, “compositor, professor, cantor, construtor de instrumentos e escritor italiano do fim da Renascença e início do Barroco. Foi um dos fundadores do género da Ópera e um dos criadores que mais influenciaram o estilo Barroco” (Wikipédia)
Nascido em Roma, trocou a cidade por Florença, onde foi financiado pelos Médicis e se junta (em 1586) à Camerata Florentina, um grupo de intelectuais, criado pelo mecenas Giovanni Bardi, interessado nos ideais da Grécia antiga.
O seu principal contributo foi a coletânea de canções acompanhadas, Le Nuove Musiche (1602), onde Caccini desenvolveu o estilo monódico que se tornaria num dos pilares da época barroca.
Proponho a audição de Amor, io parto, um madrigal para soprano, de “Le nuove musiche”, com texto de autor anónimo. Destaque para a voz da soprano Montserrat Figueras e a guitarra barroca de Hopkinson Smith.
Amor, io parto, e sento nel partire
al penar, al morire,
ch’io parto da colei ch’è la mia vita,
se ben ella gioisce
quand’il mio cor languisce.
O durezza incredibil’e infinita
d’anima che ‘l suo core
può restar morto, e non sentir dolore!
Ben mi trafigge amore
l’aspra mia pen’, il mio dolor pungente,
ma più mi duol il duol ch’ella non sente.