Livre (não) sou

Conquista

Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

[Miguel Torga (1907-1995). Diário II]

Proposta de análise filosófica: ligar o poema à problemática do confronto liberdade/determinismo, que faz parte da rubrica A acção humana do programa de Filosofia (10º ano – 2011/12) (ver o guião de desenvolvimento do tema, que proponho aqui).

  • que tese defende o poeta? nega a liberdade?
  • em que argumentos apoia essa tese?

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