A 9ª sinfonia de Bruckner (1824-1896)
em ré menor é uma obra inacabada, que possui uma insólita majestade. Dedicada “ao bom Deus” (a obra de Bruckner é profundamente religiosa), é como que um canto à glória divina, já que, embora Bruckner se considerasse um autor de música pura, concebeu sempre o seu trabalho orquestral como uma autêntica forma de manifestar a sua fé. Nesta obra, tal como na sinfonia anterior, Bruckner rompe com muitas tradições sinfónicas, em parte devido às suas ousadias harmónicas.
A maior parte desta obra foi escrita entre 1891 e 1894. Nela figuram temas de sinfonias anteriores: da 5ª, da 7ª e da 8ª, bem como elementos procedentes das missas em ré menor e em fá menor.
O segundo andamento é o scherzo mais terrífico e desesperado de toda a música sinfónica. A verdade é que este scherzo contrasta fortemente com o seu correspondente trio central, que tem um caráter angélico.
(Enciclopédia Salvat dos Grandes Compositores. Rio de Janeiro: Salvat Editora do Brasil, 1986, Volume 3, p. 174-175, adaptado).
O andamento é usado por Ingmar Bergman no seu filme “Saraband”: