
A imagem anterior (que se encontra em vários sítios da Web sem identificação do autor) ilustra uma técnica fotográfica com resultados atraentes. Trata-se do Zooming, ou Efeito Zoom. Como o nome indica,
no Zooming fazemos variar a distância focal (“movemos o zoom” da objetiva) enquanto o obturador está aberto.
Com isso obtém-se uma sensação de movimento do objeto fotografado, seja de aproximação seja de afastamento. Essa sensação, consegue-se criando linhas convergentes que conduzem a atenção do observador para o centro da fotografia. É possível fotografar, com esta técnica, objetos parados (operação mais fácil) ou em movimento (menos fácil).
Para aplicar o zooming basta…
- …a máquina fotográfica, obviamente;
- …uma obetiva de tipo zoom (para variar a distância focal)
bem… não tendo objetiva de tipo zoom ou com máquinas que não permitem alterar a distância focal, experimente mover a máquina aproximando-a ou afastando-a do objeto fotografado enquanto dispara…. sabendo que, quase de certeza, não será a mesma coisa.
- …um tripé. Este acessório não é indispensável, embora seja muito recomendado; por esta razão: como o tempo de exposição é algo prolongado (para poder “fazer o zoom”), sem o tripé corre-se o risco de a fotografia ficar tremida. A falta de mão firme acentua a necessidade de apoiar a máquina…
- …um disparador de cabo ou remoto. Ainda que também não seja indispensável, ajuda, na hora de disparar, não o fazer premindo o disparador da máquina: a máquina mantém-se imóvel e é mais fácil “mover o zoom”.

Ao contrário do que acontece com outras técnicas, as fotos com zooming são bastante fáceis de conseguir. Apesar da facilidade, devem ter-se em conta algumas considerações:
- Como ficou sugerido, tanto se pode partir de distâncias focais curtas para distâncias maiores como o contrário: supondo uma objetiva 18-55mm, pode-se ir do 55 para o 18 (zoom out), ou do 18 para o 55 (zoom in).
A primeira opção é a mais habitual: com ela conseguem-se efeitos mais fortes, “aproximando” o observador do centro da fotografia. No entanto, “habitual” não significa senão isso mesmo; portanto, faça experiências…
- As grandes angulares, pelas distorções que produzem, são mais recomendáveis para este tipo de técnica.
- São preferíveis os cenários com pouca luz: a luz escassa permite tempo de exposição mais elevado (para “fazer o zoom”).
Feche o diafragma (portanto, valores altos de f/) para diminuir a luz que entra.
E/ou jogue com os valores da sensibilidade ISO (para menor valor de ISO, maior tempo de exposição e vice-versa).
Se, mesmo assim, a iluminação for intensa, será necessário usar filtros de densidade neutra (caso contrário, as fotos ficarão “queimadas”). - Procure cenários com “luzes” (lâmpadas, semáforos, adornos elétricos…), que proporcionam belos efeitos sempre que o tempo de exposição é maior.
- Verifique o resultado se utilizar o flash.
- Experimente diferentes velocidades ao “mover o zoom”: mais ou menos rápido, ou com pausas… Em função dessa velocidade, obterá diferentes rastos.
- Faça o mesmo com o tempo em que a objetiva permanece numa determinada distância focal, de acordo com a cena que será a base da fotografia; conforme essa cena for a inicial, a intermédia ou a final, assim a objetiva ficará mais tempo, respetivamente, na distância focal mais curta, na intermédia ou na maior (supondo, claro, que progride de distâncias curtas para distâncias maiores).
- Apesar da relativa facilidade desta técnica, será a paciência que proporcionará os melhores resultados. Quem diz paciência diz treino, disparos… Dispare com diferentes valores e tome nota deles: o tempo de exposição, a velocidade de alteração da distância focal, a distância focal de início e de fim…
[A imagem 2 foi copiada daqui]
Parabéns pela publicação, pelo método ser simples, encontrei pouca informação soube na internet. Aqui você trouxe boas comparações e comentários sobre a técnica. Abraço
Parabéns pela explicação e obrigado por compartilhar! Consegui entender a técnica perfeitamente. Agora é treinar. Grande abraço e bons clicks
Rodrigo