TERESA de Ávila

A 28 de março de 1515, nasceu Teresa de Ávila

(também conhecida por Santa Teresa de Jesus — não confundir com Santa Teresa do Menino Jesus),

freira carmelita, mística e santa católica. Em 1562, inaugurou o convento de São José de Ávila, que seria o primeiro de uma longa série de conventos reformadores da ordem carmelita em toda a Castela. Entretanto, São João da Cruz, também ele um místico, dirigiria o mesmo movimento reformador para os carmelitas masculinos. Morreu a 4 de outubro de 1582, em Alba de Tormes; no final da sua vida, tinham sido fundadas 16 casas femininas e 14 masculinas.

As suas obras, clássicos da literatura castelhana impregnados de profundo misticismo, refletem o seu temperamento, onde se aliam uma atividade intensa (e mesmo habilidade estratégica) e a mais interiorizada vida espiritual. Sobre a sua poesia, escreve Alberto Barrientos, na introdução a Lira mística: poesias completas: santa teresa de jesus: san juán de la cruz (Madrid: Editorial de espiritualidad, 4ª ed., 2001)

Santa Teresa não escreveu nenhum livro de poesias, Teresa não é uma poetisa, mas uma escritora que escreve poesias. As suas grandes obras em prosa nasceram da obediência e de uma necessidade de comunicação, consequente em boa parte com a sua consciência de madre e fundadora. Os poemas, pelo contrário, são um produto espontâneo, nascidos no calor de um ambiente festivo, a maioria das vezes, ou como uma resposta, íntima e familiar, a outra missiva do mesmo género. (p. 18)

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||| O seu Vivo sin vivir en mí (que já aqui publiquei) é um dos mais belos poemas de amor que conheço: o amor e a morte (uma conjugação conflituosa tratada em muitas obras de arte) implicam-se de um modo maravilhosamente harmonioso.