O problema da natureza do conhecimento pode ser formulado assim: o que é o conhecimento?
Para estudarmos este problema,
- analisámos a definição tradicional de conhecimento;
- analisámos os contra-exemplos de Gettier;
- analisámos a solução de Goldman (a teoria causal) para esses contra-exemplos;
- levantámos objecções à teoria causal;
- …
No fim, é caso para perguntar (ver Arte de Pensar: 11º ano, p. 125):
Será possível definir o conhecimento? Porquê?
Fica lançado o desafio…
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De acordo com as informações expostas no manual de Filosofia “A Arte de Pensar” chego a uma conclusão: o conhecimento não é possível de se definir a 100%.
Conforme a Definição Tradicional de Conhecimento é necessário possuir:
• Uma crença;
• Essa crença ser verdadeira (corresponder à realidade);
• Essa crença ser verdadeira e justificada (com boas razões a favor da sua verdade).
No entanto, segundo Edmund Gettier esta definição está incompleta, mostrando que é possível ter crenças verdadeiras justificadas que não são conhecimento. Alvin Goldman resolve então, acrescentar uma quarta condição: a justificação tem de estar ligada causalmente à crença (e sua verdade).
De facto Goldman está correcto, na medida de evitar as crenças acidentalmente verdadeiras, que não são conhecimento. Porém, coloca de lado conhecimentos que são por si conhecimentos, indiscutíveis.
Desta forma ficamos divididos entre o que é sem dúvida conhecimento por respeitar estas quatro condições (em que éramos obrigados a rejeitar, por exemplo, qualquer cálculo matemático) e as três condições da Definição Tradicional de Conhecimento (que engloba crenças acidentalmente verdadeiras que, como já referi, não são conhecimento).
Concluindo: tanto a Definição Tradicional de Conhecimento é, de certa forma, incompleta como a quarta condição de Goldman também não é universal. Por outras palavras, o conhecimento não é possível de se definir.
Já dizia o meu avô nunca penses que conheces a matemática ela é traiçoeira.