Franz Kafka, escritor austríaco [1], nasceu a 3 de julho de 1883, em Praga, no seio de uma família da pequena burguesia judia de expressão alemã.
[1] …austríaco ou checo, dependendo do contexto adotado como critério. Praga na época fazia parte do Império austro-húngaro; atualmente é a capital da República Checa.
Foi marcado por esta tripla herança cultural: a judaica, a eslava e a germânica. A relação turbulenta com a personalidade exigente do pai (como testemunha a Carta ao Pai, escrita em 1919 mas jamais enviada) influenciou também significativamente a sua vida (e a sua obra).
Começou a escrever os seus primeiros textos em 1904. No ano de 1906, licenciou-se em Direito na Universidade Alemã de Praga. Em 1917 contraiu tuberculose. A tuberculose era na época um dos maiores flagelos da humanidade. Dela sofreria até à sua morte prematura, a 3 de junho de 1924, num sanatório em Kierling, nos arredores de Viena.
Essencialmente preenchida por romances e contos, grande parte da sua obra literária conheceu a publicação após a sua morte (em vida, publicou apenas sete pequenos livros e alguns textos em revistas), graças ao interesse do seu amigo e testamenteiro Max Brod, romancista, compositor e crítico musical praguense, que salvou a maioria dos seus manuscritos, tanto da fúria destruidora do autor como, mais tarde, da Gestapo.
É um dos nomes mais importantes da literatura europeia — e mesmo mundial — do século XX. Entre as suas principais obras contam-se os romances O Processo, O Castelo e O Desaparecido e o conto A Transformação (A Metamorfose), publicado em vida do escritor, em 1915.
Os temas que caracterizam a obra de Kafka…
… são a solidão, o comportamento do ser humano e a sua impotência quando confrontado com o absurdo. Sem esquecer a frustração perante uma sociedade cada vez mais burocrática, opressora e desumanizada.
[Este esboço (a completar) da bio-bibliografia de Kafka foi plagiado das notas de apresentação de A Transformação (A Metamorfose) (traduzido do alemão por Álvaro Gonçalves)]