RODRIGUES, Amália

(Lisboa, 23.07.1920-ibid., 06.10.1999)

Cantora de fado e atriz portuguesa. Estreou-se como fadista em 1939 e logo em 1940 atuou em Madrid, dando início a uma carreira nacional e internacional jamais igualada por qualquer outro artista português. A sua voz poderosa e expressiva fez-se ouvir e aplaudir em quase todo o mundo. Amália Rodrigues tornou-se a grande divulgadora do fado além-fronteiras e é reconhecida como a maior intérprete da já longa tradição desse tipo de música. Entre os seus fados de maior êxito encontram-se «O fado do ciúme», «Estranha forma de vida», «Povo que lavas no rio», «Lavava no rio, lavava», «Lágrima», «Ai, Mouraria», «Fado português», «Barco negro», «Casa portuguesa», «Vou dar de beber à dor», «Meia-Noite», «Casa da Mariquinhas», «Uma guitarra», «Erros meus» e «Foi Deus». Muitos destes fados contaram com o trabalho de excelentes letristas, entre os quais alguns dos mais destacados poetas portugueses contemporâneos, como José Régio, David Mourão-Ferreira e Alexandre O’Neill. Amália interpretou ainda o papel da protagonista na peça A Severa, de 1954, e atuou nos filmes Capas Negras, de 1964, e Fado, de 1974.

(Copyright © 2000 Porto Editora, Lda.).

||| Encontra aqui (em formato mp3) Vou Dar de Beber à Dor (um fado, como acima foi referido, cantado por Amália Rodrigues — mas interpretado pelo Quinteto Lusitania).

||| A história (e várias interpretações) de Barco Negro (composição original brasileira, com letra censurada pela ditadura portuguesa e substituída por poema de David Mourão-Ferreira).

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