A necessidade de fundamentação da moral

A necessidade de fundamentação da moral é um tema da  rubrica A DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA da ação, do programa de Filosofia do 10º ano (ano letivo de 2012/13):

(Os outros temas da rubrica estão aqui. Para ver o programa completo do 10º ano, clique aqui).

A seguir, listam-se ALGUMAS IDEIAS/ATIVIDADES de apoio ao desenvolvimento desse tema:

  1. O problema: o que é que torna boas/más (corretas/incorretas) as nossas ações?
  2. Duas respostas a esse problema: a) a intenção das mesmas; b) as suas consequências.

“O termo ‘consequencialismo’ é usado para descrever teorias éticas que ajuízam da retidão ou não de uma ação, não através das intenções do autor da ação, mas antes das consequências da ação. Enquanto Kant afirmaria que dizer uma mentira será sempre errado, sejam quais forem os possíveis benefícios que daí possam resultar, um consequencialista julgaria o ato de mentir através dos seus resultados efetivos ou previstos” (WARBURTON, Nigel – Elementos básicos de filosofia, p. 80. [elementos bibliográficos aqui])

  1. A ética de Kant é um bom exemplo da primeira resposta: é moral a ação que é executada por dever, e não em função dos seus efeitos. Ponhamos um exemplo: F cai ao mar e S lança-lhe uma bóia para o salvar — mas a bóia cai na cabeça de F, que acaba por afogar-se. Imaginemos agora que B atira uma tábua a F, para o matar — mas a tábua flutua e F acaba por se salvar. Uma moral da intenção julga a primeira ação mais estimável do que a segunda, apesar dos resultados mais positivos desta última. Segundo Kant, só a boa vontade fundamenta o valor moral de uma ação. Agir por dever não é o mesmo que agir conforme ao dever (como é o caso de não mentir para que acreditem sempre em mim): o dever é a necessidade de realizar uma ação unicamente por respeito pela lei moral. E esta lei consiste apenas na sua forma, que é a universalidade — devo poder querer que os meus princípios se tornem uma lei universal. A lei apenas pode ser representada por um imperativo categórico: “age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. [Ver desenvolvimento na entrada do dicionário sobre Kant]
  1. O utilitarismo é uma ética consequencialista.
  1. O texto Certo e errado discute várias hipóteses de resposta à questão o que é que torna um ato certo/errado?
    Discute igualmente a questão o que é que fundamenta o dever moral? Explica e levanta objeções a teorias como a que fundamenta o dever nos mandamentos divinos.
  1. Na obra, já referida, Elementos básicos de filosofia Nigel Warburton, após uma síntese das duas teorias aqui em questão, apresenta críticas à ética kantiana (p. 77-79) e ao utilitarismo (p. 81-84).

||| Nos testes sobre Ética há questões relativas ao deontologismo (de Kant) e ao utilitarismo (de Stuart Mill). Um está aqui; o outro, aqui.

||| Os conhecimentos dos temas desta rubrica foram avaliados NOS EXAMES:
No exame de 2019 (1ª fase), em item de escolha múltipla: as éticas kantiana (argumento contra) e de Mill.
… No exame de 2019 (1ª fase), grupo V: o problema da fundamentação do valor moral da ação, aplicado a um caso concreto.

… No exame de 2019 (2ª fase), em item de escolha múltipla: o conceito de juízos morais objetivos.
… No exame de 2019 (2ª fase), no grupo III: 1) dado um caso concreto, justificar se, de acordo com Kant, a decisão tomada por um sujeito tem valor moral. 2) Argumentar a (não) concordância com a tese: “Nenhum dever admite exceções“.

 

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