Fotografia: o efeito da abertura

Foi-me proposto um exercício: fotografar um objeto com diferentes valores de abertura do diafragma (escolhendo o modo de exposição de prioridade à abertura):

  • uma primeira foto, com “abertura máxima da melhor das lentes”. Usei uma objetiva fixa de 50mm, com abertura máxima de 1.4;
  • com a mesma objetiva, uma segunda foto, com f/8; e uma terceira, com F/16 (a abertura mínima);
  • os resultados são os que apresento a seguir (com as fotos na ordem antes referida);
  • dados os objetivos do exercício, para além da abertura, não alterei qualquer valor — designadamente, a velocidade (escolhida automaticamente pela máquina, quando se dá prioridade à abertura). Sugiro a análise das imagens (clique nelas para as ver em tamanho maior), com atenção particular às diferenças na profundidade de campo. E publique a sua opinião na caixa de comentários.

(F/1.4; 1/800 seg.)

(F/8; 1/40 seg.)

(F/16; 1/10 seg.)

Entretanto, pareceu-me que o fundo (isso mesmo! sempre a importância do fundo!…) poderia ter um pouco mais de cor. Tentei-o substituindo o “Cristo” por um anjo (para seguir a “tendência dos livros”) colorido. Obtive estas três imagens.

(F/1.4; 1/1000 seg.)

(F/8; 1/40 seg.)

(F/16; 1/10 seg.)

Permita-me o leitor que pergunte: que tal lhe parece a composição? qual dos dois conjuntos prefere?

3 thoughts on “Fotografia: o efeito da abertura”

  1. Com os exemplos apresentados e se eu percebi bem a apresentação,verifico que, para a mesma lente e distância focal, obtem-se uma melhor profundidade de campo aumentando a velocidade de exposição. Para mim as melhores fotos são as tiradas em (F/1.4;1/10 seg.)

    1. Olá, Manuel! Agradeço que tenha partilhado a sua opinião.

      Em relação ao exercício,

      • quando se dá prioridade à abertura, como foi o caso, o que o fotógrafo escolhe é o valor dessa abertura; a máquina escolhe a velocidade;
      • quando aumentei a abertura, foi com o objetivo de diminuir a profundidade de campo; por isso, com a abertura máxima (f/1,4), o fundo está bastante mais desfocado do que com a abertura mínima (f/16);
      • podemos ter que “jogar” com a abertura por outros motivos. Por exemplo, em algumas situações em que haja pouca luz, aumentar o valor da abertura (e, portanto, fazer com que entre mais luz) pode permitir fazer fotos sem usar flash;
      • escolhemos a maior ou menor profundidade de campo de acordo com efeitos que pretendemos obter; por exemplo, com pouca profundidade de campo, realça-se o objeto focado (um rosto, por exemplo; no caso presente, os livros) ou evita-se/atenua-se a confusão dos fundos que às vezes “estragam” uma fotografia.
  2. O resultado do exercício proposto, demonstra o efeito que a alteração dos valores da abertura do diafragma tem na variação da profundidade de campo, DOF.
    O mesmo acontece fazendo varia a distância entre o objecto e o fotografo, quanto mais próximo menor DOF, ou de forma INVERSA aos valores de distância focal utilizados.

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