SONS # 24 Oratória de natal

Em época natalícia, uma das obras mais ouvidas é a Oratória de Natal, de J. S. Bach.

Oratória de Natal - Bach

A Oratória, esclarece a Wikipédia, é uma forma da música clássica europeia, que consta normalmente de coros, árias e recitativos e é interpretada por solistas, coro e orquestra. Comummente, a trama da oratória (que costuma conter partes que descrevem as ações da trama e partes que comentam o ocorrido) deriva da religião cristã, embora a partir do século XIX se tenham também escrito oratórias de conteúdo não religioso (por exemplo, Liverpool Oratorio, de Paul McCartney). Diferentemente da ópera, a oratória é interpretada (por norma, em igrejas) em forma de concerto sem representação cénica: a trama é apresentada pelos textos e pela música.

A Oratória de Natal BWV 248 de Bach estrutura-se em seis partes ou “cantatas”, destinadas a ser interpretadas nos seis dias das festividades natalícias: os três de Natal (partes 1 a 3), o dia de Ano Novo (Parte 4), o primeiro domingo depois deste dia (Parte 5) e a festa da Epifania (Parte 6). A estrutura interna de cada uma delas é semelhante à da cantata, tal como esta era praticada por Bach: coro inicial (nalgumas ocasiões, precedido de uma sinfonia orquestral ou abertura), seguido de recitativos, árias, duetos, tercetos, concluindo sempre com um coral. Vista assim a obra, poderia pensar-se num encadeamento de seis partituras independentes; mas não: não estamos perante uma miscelânea, mas antes perante um conjunto deliberadamente pensado, estruturado e articulado — é nessa direção que apontam a sequência de tonalidades e a instrumentação. (síntese rapinada daqui)

A interpretação que se pode ouver no vídeo seguinte é do Monteverdi Choir e dos English Baroque Soloists, conduzidos pelo maestro Sir John Eliot Gardiner:


No Baú

||| Oratória, Ópera e Paixão: aproximações e distinção — episódio do podcast “Clássica mente”.

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